terça-feira, 19 de julho de 2011

A Vindima Duriense - A região

Santa Marta de Penaguião


Vila portuguesa no Distrito de Vila Real, Região Norte e sub-região do Douro, com cerca de 1 300 habitantes.
A vila-sede de município é constituída pela freguesia de São Miguel de Lobrigos.
É sede de um pequeno município com 69,98 km² de área e 8 569 habitantes (2001), subdividido em 10 freguesias. O município é limitado a norte e leste pelo município de Vila Real, a sul pelo Peso da Régua e a oeste por Amarante. 
A Concha Vinhateira

Quando subimos do rio para Norte, ou descemos das Serras para Sul, passamos sempre a fronteira entre o xisto e o granito, mas vamos sempre ao encontro dos montes e dos planaltos que desenham as bacias do Douro e dos seus afluentes. Aí, a pele da montanha de xisto é feita de cepas, nuas ou cobertas de parras e uvas, dando à paisagem a capacidade de ao longo do ano se comportar como camaleão gigante, mudando de cor em cada estação. Aqui e ali, lá estão os aglomerados de telha vã cobrindo casinhas de cal onde a vida se resguarda e assinala com sinais de fumo, ou, templos de fé que ao domingo se enchem de corpos cansados de trabalho sem horas. São os oásis onde nascem, vivem e morrem os artífices do bordado duriense – os homens e as mulheres que desafiam a dureza da pedra para lhe extrair a ambrósia dos deuses – o vinho fino do Douro, a que o mundo chama “Vinho do Porto”.
Por dentro de cada um destes “Lobrigus” de vida há inimagináveis relicários de história e beleza – Santa Marta de Penaguião é um desses paraísos, abraçada por duas serras e dois rios que a transformam na mais bonita concha duriense.
 
Do património construído na área do Município encontram-se, oficialmente, classificados os seguintes imóveis:
Igreja Paroquial de S. João de Lobrigos
Imóvel de Interesse Público, pelo Decreto-Lei nº 474.008, de 24-01-1967.
O templo de S. João de Lobrigos é o marco físico de maior importância na Freguesia a que dá o nome. Motivo de orgulho dos seus paroquianos, esta igreja é a sua sede e representante espiritual.
A sua construção concretizou-se em duas fases ou campanhas: uma no século XVII, a outra no século seguinte. Trata-se de sólida construção em que sobressai a alvenaria dos fortes pilares (e cornijas), e a cal branca que a reveste.
A torre é um pouco retraída, ou desproporcionada em relação ao corpo da igreja. Dizem os mais velhos que era para ser mais alta, mas o mestre entretanto morrera, ficando mesmo assim. Apresenta três corpos distintos, e à entrada do pórtico sobressai a galilé de arco.
Mas a igreja vale pela decoração interior dos altares, do tecto (e paredes) em boa talha dourada do barroco nacional, incluindo a rica imaginária e os paramentos de grande valor. O retábulo do altar-mor apresenta-se artisticamente elaborado. Nele salienta-se o tabernáculo sumptuoso e o segundo tabernáculo a rematar o torno, e a servir de baldaquino de que irradiam resplendores solares, para exposição do Santíssimo Sacramento.
Revestem o tecto da capela-mor trinta caixotões que se desdobram até à altura dos dois janelões (um de cada lado), forrando as paredes (de cada lado) onze caixotões parietais. O arco do cruzeiro é também revestido a talha, e adossados a ele (voltados para a nave) dois altares (um de cada lado) do mesmo estilo. Do espólio iconográfico fazem parte as valiosas imagens de Nossa Senhora do Rosário, a de Cristo Crucificado, a de Nossa Senhora das Dores (de roca) vestida de túnica (de roxo) e manto azul, e a do Menino Jesus (vestido), e com os pés sobre o globo terrestre.
Revelem-se também as imagens de Santa Bárbara (muito cultuada na região), e a de São Sebastião.
O Órgão que estava na capela-mor (do lado do Evangelho) e encostado ao arco do cruzeiro, encontra-se actualmente no centro da nave, do lado esquerdo. Trata-se de um órgão setecentista, com aplicações em talha dourada, e que exibe painéis decorativos com pintura vegetalista barroca.
O tecto da nave apresenta-se forrado por quarenta e cinco caixotões pintados com figuras ou passagens da vida de Cristo. As paredes (até meia altura do piso) revestem-nas as mesmas talhas que partem dos altares, e vão morrer no coro, também decorado a talha.
O púlpito (que não passa despercebido) é uma peça de bom nível artístico com aplicações metálicas (latão) muito ao gosto da primeira metade do século XVII.
Na sacristia, de tecto em masseira octogonal (madeira de castanho) encontra-se artístico lava-mãos em pedra, decorado com carranca e, a sobrepujá-la, a inscrição do ano de 1728.

Igreja paroquial de Santa Eulália da Cumieira
Imóvel de Interesse Público, pelo Decreto-Lei nº 08/83, de 24 de Janeiro de 1983.
O templo de Santa Eulália é de fábrica mais recente (1729), em relação à criação da paróquia. A nível de pinturas no interior atribui-se ao “arquitecto” toscano (Nicolau Nasoni) a sua intervenção directa ou indirecta, embora se afirme categoricamente que foi ele quem trabalhou nela “a expensas do mecenas Conde de Mateus, naquele tempo, senhor da Cumieira”. Atribuem-lhe as pinturas do tecto (infelizmente substituído) e as das paredes ofuscadas pela sobreposição de cal.
Sobre o portal (de entrada), já no interior (guarda-vento) gravaram a seguinte inscrição latina, e com a seguinte disposição: NICOLAO NASONIO, SENENSIS PINGEBAT, ANNO 1770
Portanto, três anos antes do falecimento, Nasoni entrou nesta igreja. Na face oposta, pelo lado de dentro (ao fundo da nave) surge outra data: 1779.
Trata-se de um dos mais belos (e espaçosos) templos do Concelho, cujo interior deslumbra pela profusão da magnífica talha dourada (joanina), destacando-se um conjunto de valiosos (e sumptuosos) retábulos de talha da mesma época. Imagens de muito valor artístico (século XVII/XVIII), e uma custódia seiscentista completam o valioso recheio de arte sacra.
O retábulo do altar-mor é um belíssimo trabalho de feição barroca elaborada, com as imagens da padroeira (no lado direito ou do Evangelho), e a de Santo António (no lado da Epístola). O trono é de rara beleza proporcional aos entalhamentos deveras singulares. A sanefa que une as duas colunas do trono é igualmente de recorte delicado e de requintada preocupação estética com mais um pormenor a confirmá-lo: do lado oposto (e na mesma direcção) ficou outra sanefa do mesmo estilo (e recorte) para harmonizar e constituir par.
A teia (divisória) para separar a capela-mor da nave (ou do povo) é de madeira (exótica) trabalhada com delicados entrançados, e há duas peças móveis do mesmo estilo (nada destoa) uma de cada lado da estrutura do arco do cruzeiro que, abertas através das dobradiças, serviam de originais confessionários. Uma solução engenhosa de economia do espaço.
O arco (do lado da nave) é também revestido a talha que faz ligação aos altares laterais (um de cada lado). Ao fundo da nave sobressaem mais dois retábulos de talhas de belo feito, cada um com sua sanefa a servir de dossel, e ainda os altares da Senhora da Conceição representada em valiosa imagem (do lado direito), e o do lado esquerdo onde (dentre outras imagens) sobressai a representação iconográfica da antiga (e rara) invocação de Nossa Senhora da Breya, coroada, e de mãos postas, que terá pertencido a antiquíssima capela desaparecida, e conhecida pelo nome da titular.
Dois púlpitos (um em cada flanco) e quatro janelões da nave enfeitadas com sanefas de madeira trabalhada (como as restantes) dão equilíbrio, luz, e graça ao interior recatado do artístico templo. Junto ao guarda-vento fecham a nave mais dois altares, cada um com o seu sacrário. O do lado do Evangelho ostenta uma imagem de Cristo vestido de Túnica (sentado) e de mãos amarradas (joelhos chagados), carregado de dramatismo. Um templo que vale a pena ver…e admirar.
Pelourinho de Santa Marta de Penaguião
Imóvel de Interesse Público, pelo Decreto-Lei nº 23.122, de 11-10-1993.
Pelouro assente numa base de três degraus redondos, tem fuste cilíndrico liso e remate tosco-cónico, localizando-se bem no centro da vila de Santa Marta de Penaguião.
Capela de São Pedro
Imóvel de Interesse Público desde 03 de Setembro de 2009.
A capela de São Pedro encontra-se junto ao cemitério da freguesia de Medrões, à margem da estrada. Pintada de branco, esta capela ostenta cantarias bem conservadas e evidenciadas. Na fachada principal, destaca-se o pequeno nicho sobrepujado à porta principal onde se encontra a escultura, em pedra, de São Pedro. Este nicho de arco redondo é coroado por cruz almofadada e ladeado por rosetões de cantaria. O interior é espaçoso e deslumbrante pelo bom nível conjuntural, riqueza, arte e profusão das talhas barrocas, onde se destaca o magnifico altar-mor com colunas torsas, volutas, anjos, putti e ornatos vegetalistas.
O tecto apainelado (de madeira) da capela-mor é decorado com trinta e cinco caixotões representando, cada um, figuras de santos e de papas. O tecto da nave é, igualmente, forrado com cinquenta e seis caixotões apainelados. Do recheio de arte sacra fazem parte imagens de grande valor, relevando a de Nossa Senhora da Conceição (setecentista), em madeira.

Artesanato:
O cultivo da vinha usa um variado instrumental. Os cesteiros e tanoeiros trabalhavam todo o ano para satisfazer a vasta necessidade. Os processos de produção e os materiais empregues mudaram; mas para nos recordar ficam peças, e permanecem alguns artesãos para reparar e restaurar, perpetuando os processos e saberes.
O trabalho de tapeçaria, as rendas e bordados não tiveram interrupção de produção, e tem expressão crescente, principalmente naquela que é considerada o expoente máximo da Cultura em Santa Marta – a “Semana Cultural”.
É de salientar, os Artesãos ainda existentes no Concelho:
- Cesteiros
- Pintores de Cerâmica
- Tanoeiro
- Latoeiros
- Máscaras (careto)



Existem ainda  no concelho inúmeros Miradouros que proporcionam ao visitante contemplar verdadeiras paisagens de sonho.



Miradouro de St.ª Barbara
O Miradouro de St.ª Barbara na Cumieira, localiza-se num dos pontos de maior altitude do concelho, a cerca de 470m acima do nível do mar. Trata-se de uma local com bons acessos e parque de merendas, de onde se pode avistar perfeitamente a cidade de Vila Real.

Miradouro de S. Pedro em Fontes
O Miradouro de S. Pedro em Fontes situa-se no topo de elevação (a 657 metros de altitude), em local privilegiado de onde captamos panoramas dos mais deslumbrantes da Região do Douro. São 360 graus de amplitude, permitindo ao observador contemplar (sem qualquer obstáculo pela frente) quadros de impressionante beleza que a Natureza (e o homem) desenhou até às cumeadas distantes, a perder de vista.

Miradouro de S. Pedro em S. João de Lobrigos
Miradouro de S. Pedro em S. João de Lobrigos (a 442 metros de altitude), fica em local elevado, a deslado da EN2, e de S. Gonçalo, fica logo à entrada da freguesia, do lado direito quem sobe da Régua para a sede do Concelho de Penaguião. No topo do cume o visitante pode contemplar várias freguesias do concelho de Santa Marta e também os concelhos vizinhos da Régua e Lamego. Trata-se de um local agradável, que disponibiliza um parque de merendas bem equipado. 

Miradouro da Senhora da Serra
O Miradouro da Senhora da Serra, no pico mais elevado da Serra do Marão (a 1416m de altitude) situa-se quase em cima da linha divisória que separa Fontes da freguesia de Teixeira, do Concelho de Baião. Pico de onde se avistam terras de além-douro, e também de Vila Real e de Vila Pouca de Aguiar, e (imagine-se) em dias muito claros (sem neblinas no horizonte), o próprio Oceano Atlântico.

Miradouro da Sr.ª dos Remédios em Medrões
O Miradouro da Sr.ª dos Remédios em Medrões (a cerca de 620 metros de altitude) de onde se captam as localidades de Vinhós, Ermida (nas abas do Marão), Ferraria (Sedielos) e, a dominar, a imponente e austera serra maronesa que acompanha (e marca) esta região prodigiosamente encantadora.




Por si e pela sua saude, caminhe! 

Fonte: C.M.S.M.P.

Promoção de comportamentos de vida saudável e feliz.
Adefacec2011

segunda-feira, 11 de julho de 2011

A VINDIMA DURIENSE - 17 DE SETEMBRO *


Iniciamos com empenho e alegria a organização do nosso próximo evento de montanha...

Como sabem será em Setembro (em príncipio dia 17) na maior quinta de produção de vinho da região de Santa Marta de Penaguião   SOLAR QUINTA DA PORTELA  (CLICAR)

Teremos, para além de caminhar, a possibilidade de participar em pleno, no coração da região que foi classificada pela UNESCO, como Património Mundial da Humanidade, numa vindima duriense.

Como muitos se lembrarão, o ano passado tivemos uma adesão surpreendente, superando as nossas espectativas. InfeliZmente a logistica obrigou-nos, inclusivé, a ter que limitar as inscrições. Foi considerada por todos um verdadeiro  ÊXITO   (CLICAR) .

,
Graças ao acolhimento e simpatia dos próprietários do Solar Quinta da Portela, iremos este ano privilegiar:

- Duas caminhadas no interior da quinta: Uma de dificuldade baixa e outra média.
- Possibilidade de participação na vindima (levar uma pequena tesoura)
- Acompanhamento das uvas até ao lagar assistindo a todo o processo decorrente.
- Possibilidade de adquirir excepcionalmente, produtos da quinta *
- Possibilidade, também de passar o fim de semana na quinta *
- Almoço (dos vindimadores)
- Merendeiro.
* Com descontos.

Clique p.f. para ampliar



























* NOTA: COMO SABEM ESTAMOS A APONTAR PARA REALIZARMOS O EVENTO A 17 DE SETEMBRO. NO ENTANTO ESTA DATA ESTÁ DEPENDENTE DAS CONDIÇÕES IDEAIS DAS UVAS PARA A VINDIMA. ASSIM, PODEREMOS SER OBRIGADOS A ALTERAR A DATA. CONTAMOS CONFIRMÁ-LA DEFINITIVAMENTE, EM FINAIS DE AGOSTO OU INÍCIO DE SETEMBRO. 
*** Brevemente daremos mais informação ***

Promoção de comportamentos de vida saudável e feliz!
Adefacec2011

quarta-feira, 6 de julho de 2011

III Mini Carrilheiras do Barroso


Perto de 200 crianças do pré escolar do concelho de Montalegre participaram na terceira edição das "Mini Carrilheiras de Barroso". Um percurso com pouco mais de quatro quilómetros que deliciou a pequenada numa jornada extraordinária de contacto com o meio ambiente.

O ensino pré escolar do concelho de Montalegre concentrou-se no recinto do Senhor da Piedade de onde saiu um cordão humano de "palmo e meio" rumo à natureza. Falamos da terceira edição das "Mini Carrilheiras de Barroso", evento que voltou a reunir alegria e espírito de união junto das crianças que assim tiveram um dia diferente do habitual.

APOSTA GANHA

Patrocinada e organizada pela Câmara Municipal de Montalegre, esta aposta tem conquistado simpatia não só nas crianças como também no corpo docente que olha para a jornada como mais uma forma de fomentar os valores ambientais tão em voga nos dias que correm.

O percurso, simples, pouco superior a quatro quilómetros e com grau de dificuldade reduzido, foi iniciado no próprio parque de lazer do Senhor da Piedade, passando depois por Donões, uma passagem pelo rio Cávado, que se revelou o local de maior agrado das crianças, e fecho na Senhora da Peneda.

No final, Nuno Rodrigues, em nome da autarquia de Montalegre, fez balanço positivo: «correu tudo muito bem, as crianças gostaram. Houve uma passagem engraçada no rio, para os miúdos um pouco difícil, mas foi uma aventura para eles atravessaram o rio Cávado. Foi um convívio interessante e importante».




















Promoçao de comportamentos de vida saudavel e feliz!
Adefacec2011 
Fonte: C.M.M.